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'Guarda-chuva' solar preso a asteróide pode ajudar a mitigar as mudanças climáticas

May 20, 2024

A Terra está a aquecer rapidamente e os cientistas estão a desenvolver uma variedade de abordagens para reduzir os efeitos das alterações climáticas. István Szapudi, astrônomo do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí, propôs uma nova abordagem – um escudo solar para reduzir a quantidade de luz solar que atinge a Terra, combinado com um asteroide capturado e preso como contrapeso. Os estudos de engenharia que utilizem esta abordagem poderiam começar agora para criar um projeto viável que pudesse mitigar as alterações climáticas dentro de décadas.

O artigo, “Gerenciamento da radiação solar com um escudo solar amarrado”, foi publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences.

Uma das abordagens mais simples para reduzir a temperatura global é proteger a Terra de uma fração da luz do Sol. Esta ideia, chamada escudo solar, já foi proposta antes, mas a grande quantidade de peso necessária para fazer um escudo suficientemente grande para equilibrar as forças gravitacionais e evitar que a pressão da radiação solar o destrua torna mesmo os materiais mais leves proibitivamente caros. A solução criativa de Szapudi consiste em duas inovações: um contrapeso amarrado em vez de apenas um escudo enorme, resultando em uma massa total 100 vezes menor, e o uso de um asteróide capturado como contrapeso para evitar o lançamento da maior parte da massa da Terra.

“No Havaí, muitos usam guarda-chuva para bloquear a luz do sol enquanto caminham durante o dia. Eu estava pensando: poderíamos fazer o mesmo pela Terra e, assim, mitigar a catástrofe iminente das mudanças climáticas?” Szapudi disse.

Szapudi começou com o objetivo de reduzir a radiação solar em 1,7%, uma estimativa da quantidade necessária para evitar um aumento catastrófico nas temperaturas globais. Ele descobriu que colocar um contrapeso amarrado em direção ao Sol poderia reduzir o peso do escudo e do contrapeso para aproximadamente 3,5 milhões de toneladas, cerca de cem vezes mais leve do que as estimativas anteriores para um escudo não amarrado.

Embora este número ainda esteja muito além das capacidades atuais de lançamento, apenas 1% do peso – cerca de 35.000 toneladas – seria o próprio escudo, e essa é a única parte que precisa ser lançada da Terra. Com materiais mais novos e mais leves, a massa da blindagem pode ser reduzida ainda mais. Os 99% restantes da massa total seriam asteróides ou poeira lunar usada como contrapeso. Tal estrutura amarrada seria mais rápida e barata de construir e implantar do que outros projetos de escudo.

Os maiores foguetes de hoje só conseguem elevar cerca de 50 toneladas até à órbita baixa da Terra, pelo que esta abordagem à gestão da radiação solar seria um desafio. A abordagem de Szapudi traz a ideia para o reino das possibilidades, mesmo com a tecnologia atual, enquanto os conceitos anteriores eram completamente inatingíveis. Além disso, é crucial desenvolver uma corda de grafeno leve, mas forte, conectando a blindagem ao contrapeso.